Cada funcionário de uma empresa – desde usuários finais aos profissionais de segurança da informação, aos executivos e a direção – todos tem um papel na proteção de negócios contra ataques cibernéticos. Cada ação que o funcionário toma – ou deixa de tomar – pode fazer a diferença entre “mais um dia de trabalho” e um dia com uma grande violação de dados.
Por isso, você já parou para pensar em como sua empresa está protegida contra-ataques cibernéticos? Às vezes, as empresas pequenas acreditam que pensar nisso é coisa de grandes corporações, ou pensam que “nosso negócio é pequeno demais para atrair a atenção de hackers”. Só que a realidade é bem diferente, e o cibercrime não escolhe tamanho — basta encontrar uma brecha. Na verdade, uma pesquisa distribuída pela Microsoft com empresas que tenham entre 25 e 299 funcionários mostrou que 31% das PMEs foram vítimas de ciberataques, como ransomware, phishing ou violação de dados.
E infelizmente, muitas empresas, ainda cometem alguns erros bem comuns que acabam colocando tudo em risco. Vamos falar sobre três desses erros e, claro, como você pode evitá-los para garantir que sua empresa esteja segura.
“Minha empresa é pequena, ninguém vai me atacar”
Esse é um dos maiores equívocos que você pode cometer. Muita gente acha que hackers só vão atrás de empresas gigantes, mas a verdade é que muitas vezes as pequenas são as que estão mais vulneráveis. E os cibercriminosos sabem disso. Segundo um relatório da Sophos, mais de três quartos das vítimas de ataques cibernéticos são pequenas e médias empresas. Isso porque, geralmente, essas empresas não têm a mesma estrutura de segurança das grandes e acabam se tornando um alvo mais fácil.
A questão é que muitos ataques são automatizados. Ou seja, não é que um hacker sentou e decidiu atacar sua empresa específica. Eles lançam vários ataques ao mesmo tempo e, se o seu sistema tiver alguma brecha, pronto! Você vira vítima.
O que fazer?
O primeiro passo é entender que, sim, sua empresa pode ser alvo. Investir em segurança é uma necessidade. Esse é segundo passo. Pense nisso como um seguro — você torce para nunca precisar usar, mas é bom saber que está lá, se necessário. Adotar boas práticas, como ter um firewall ativo, usar antivírus e garantir que todos os seus sistemas estejam atualizados, faz uma enorme diferença. Mas só isso não basta.
“Segurança é coisa do pessoal de TI”
Outro erro que muitas empresas cometem é achar que a cibersegurança é problema só do departamento de TI. Claro que o time de TI tem um papel importante nisso, mas proteger os dados e sistemas é responsabilidade de todos dentro da empresa. Qualquer funcionário pode ser a porta de entrada para um ataque se não souber identificar, por exemplo, um e-mail de phishing.
E-mails falsos que tentam enganar o usuário para que ele clique em links maliciosos são um dos ataques mais comuns. Sem o devido cuidado, um único clique pode infectar uma máquina com vírus ou, pior, comprometer a rede inteira.
O que fazer?
Treinar a equipe é essencial. Todo mundo, do estagiário ao CEO, precisa entender como as ameaças funcionam e o que fazer para evitá-las. Não precisa ser nada complicado. Algo simples como verificar a URL de um link antes de clicar ou checar o remetente do e-mail pode evitar um desastre. Promova treinamentos regulares e crie uma cultura de segurança dentro da empresa. Afinal, todos têm um papel importante nessa batalha contra cibercriminosos.
“Já instalei antivírus, estou protegido”
Se você acha que instalar um antivírus uma vez resolve tudo, é hora de repensar. Os cibercriminosos estão sempre criando formas de invadir sistemas. Manter suas soluções de segurança desatualizadas é como trancar a porta da frente e deixar uma janela aberta.
Imagine que você fez um excelente trabalho em manter tudo seguro por um tempo, mas depois começou a relaxar. Deixou de atualizar o sistema, os colaboradores não receberam mais treinamentos, e os backups ficaram atrasados. Isso é exatamente o que os hackers esperam: uma brecha.
O que fazer?
Segurança cibernética não é algo que se faz uma vez e pronto. Tem que ser contínuo. Isso significa manter seus sistemas sempre atualizados, revisar suas políticas de segurança regularmente e estar atento a novas ameaças. Além disso, investir em soluções que monitoram a rede e detectam atividades suspeitas em tempo real pode evitar muitos problemas.