A mobilidade corporativa é exigência do dia a dia de operações que precisam ser ágeis, conectadas e produtivas. Mas implementar smartphones e tablets no ambiente de trabalho é muito mais do que simplesmente distribuir dispositivos. Quando mal planejada, essa estratégia pode trazer mais problemas e custos do que resultados para o negócio.
Neste artigo, vamos explorar o que realmente importa para transformar dispositivos móveis em alavancas de produtividade — com segurança, inteligência e controle.
Mobilidade não é sobre ter, é sobre saber como tirar o melhor proveito
Empresas que investem em mobilidade muitas vezes cometem o erro de generalizar a aplicação da tecnologia. Cada área tem uma dinâmica, cada perfil de colaborador tem um uso diferente, e cada estágio de transformação digital exige uma abordagem própria.
Distribuir tablets para toda a força de vendas sem mapear os casos de uso reais é como implantar um ERP sem falar com o financeiro. A tecnologia precisa estar a serviço da estratégia, e não o contrário.
Exemplo real
Não faz sentido oferecer o mesmo modelo de smartphone para um vendedor em campo e para um gestor administrativo, ou os mesmos processos de atendimento a diferentes operações. As necessidades de reposição, suporte, dados e segurança são totalmente diversas. Da mesma forma, um motorista que hoje só usa o celular para chamadas pode precisar, em poucos meses, capturar assinaturas digitais ou rodar apps de BI. Antecipar isso é evitar custo dobrado.
A segurança que ainda não chegou ao bolso
A segurança da informação é prioridade em toda a infraestrutura de TI. Mas ainda é comum ver um abismo entre o cuidado com servidores e o descuido com dispositivos móveis. E isso tem um custo alto.
Em 2023, um invasor leva, em média, 64 minutos para se movimentar dentro de um sistema após a invasão inicial — segundo estudo da CrowdStrike. A mobilidade corporativa mal gerenciada é uma porta escancarada. E, com o crescimento de roubos de smartphones, essa vulnerabilidade só aumenta.
A boa notícia: ferramentas de MDM (Mobile Device Management) já permitem um controle avançado de segurança, como:
- Cerca eletrônica e bloqueio por localização;
- Formatação remota em caso de perda ou roubo;
- VPN e certificados a nível de app;
- Controle centralizado de senhas e conexões.
Tecnologia muda. E rápido. Você está acompanhando?
Estamos vivendo uma aceleração tecnológica sem precedentes. Inteligência artificial, redes 5G, IoT e blockchain estão mudando como os dados são gerados, tratados e usados para tomar decisões.
Em poucos anos, será normal ver um dispositivo de mobilidade atuando como ponto de coleta, transmissão e decisão autônoma em tempo real. Isso exige empresas preparadas não só para o hoje, mas para o que está por vir.
Nesse contexto, insistir em modelos de investimento em CAPEX pode travar a evolução. Dispositivos comprados hoje podem estar obsoletos em meses. Flexibilidade, escalabilidade e capacidade de adaptação passam a ser ativos mais valiosos do que a posse.
Mobilidade corporativa não é um projeto de negócio.
Mais do que escolher um modelo de smartphone ou um app de produtividade, as empresas precisam pensar estrategicamente: como esses dispositivos podem acelerar resultados, reduzir custos e aumentar o impacto da TI?
Isso só é possível com um parceiro que compreenda o negócio, tenha visão de futuro e saiba implantar tecnologia com consistência.
A pergunta não é mais se você vai adotar mobilidade corporativa. É: você vai tirar proveito real dela, ou apenas acompanhar o movimento?