O relatório “The State of Vulnerability Management”, da Tenable, revela um dado preocupante: apenas 40% das empresas consideram eficaz a sua abordagem na gestão de vulnerabilidades. O estudo mostra que, embora muitas organizações tenham avançado na identificação de riscos, priorizar e corrigir vulnerabilidades ainda são desafios significativos. A falta de processos estruturados, recursos limitados e a dependência de métodos manuais deixam as empresas expostas a ameaças cada vez mais críticas.
Neste artigo, exploramos os principais gargalos da gestão de vulnerabilidades e como uma abordagem proativa pode ajudar empresas a antecipar ameaças e mitigar riscos com eficiência.
A tríade da gestão de vulnerabilidades: Identificação, priorização e correção
O gerenciamento eficaz de vulnerabilidades passa por três etapas fundamentais: identificação, priorização e correção. No entanto, apesar dos avanços na detecção de falhas, as empresas ainda lutam para agir rapidamente e reduzir os riscos antes que sejam explorados por cibercriminosos.
Identificação de Vulnerabilidades: Um bom começo, mas ainda insuficiente
O relatório da Tenable revela que 67% das empresas realizam varreduras frequentes para detectar vulnerabilidades, um sinal de progresso na fase de identificação. No entanto, dois desafios críticos persistem:
- Cobertura limitada: 58% das empresas afirmam que suas soluções não oferecem visibilidade completa sobre os riscos.
- Precisão comprometida: A ocorrência de falsos positivos e negativos gera dúvidas sobre quais vulnerabilidades são realmente críticas.
Isso indica que as ferramentas tradicionais de varredura podem não ser suficientes. Sem uma abordagem unificada, as empresas correm o risco de subestimar ameaças reais ou desperdiçar tempo em problemas de baixo impacto.
A SAFIRA adota um modelo avançado de monitoramento contínuo, que integra inteligência de ameaças e análise comportamental para uma detecção mais precisa, eliminando ruídos desnecessários e focando nas brechas mais críticas.
Priorização de vulnerabilidades: O maior gargalo para as empresas
Apenas 40% das empresas consideram que fazem uma priorização eficaz das vulnerabilidades. O problema? A maioria ainda depende de métodos tradicionais que não refletem o impacto real das falhas. O relatório aponta que:
- 47% das empresas ainda usam metodologias obsoletas ou proprietárias para priorizar vulnerabilidades.
- 60% gastam mais da metade do tempo nessa etapa, atrasando a correção dos riscos mais urgentes.
- 79% precisam recorrer a múltiplos métodos para definir prioridades, tornando o processo ainda mais confuso.
Outro desafio é a integração da inteligência de ameaças. 63% das empresas afirmam que essa é uma barreira significativa, enquanto mais de 50% enfrentam dificuldades para lidar com o grande volume de vulnerabilidades críticas.
Correção de vulnerabilidades: O maior desafio das empresas
A correção é a fase mais problemática do gerenciamento de vulnerabilidades. Apenas 9% das empresas se consideram eficazes nessa etapa. Os principais obstáculos incluem:
- 51% das organizações não sabem qual vulnerabilidade corrigir primeiro.
- Dependência de processos manuais e ferramentas fragmentadas, como planilhas e e-mails, aumentando a chance de erro.
- Uso de múltiplas ferramentas: 74% das empresas utilizam pelo menos três sistemas diferentes para gerenciar a correção de vulnerabilidades.
Há uma tendência positiva: 95% das empresas planejam reduzir processos manuais nos próximos 12 meses, e 65% estão priorizando a automação.
Os mantras da SAFIRA são Governança e Automação, que centraliza e automatiza processos, permitindo:
- Orquestração de respostas automáticas para corrigir vulnerabilidades em tempo real.
- Aplicação de patches de segurança sem interrupção operacional.
- Fluxos integrados com ITSM para garantir que as correções sejam realizadas rapidamente.
O Impacto da inteligência artificial e novas ameaças no gerenciamento de vulnerabilidades
O cenário da cibersegurança está se tornando ainda mais complexo com o avanço da Inteligência Artificial no arsenal dos cibercriminosos. A IA generativa permite que invasores refinem suas técnicas de ataque antes que os defensores possam reagir, aumentando os riscos.
Além disso, novas ameaças estão surgindo, como:
- Infostealers: Malwares que coletam credenciais e dados sensíveis, aumentando os riscos de ataques secundários.
- Ataques sem servidor: Uso de arquiteturas baseadas em nuvem para ransomware e exfiltração de dados, dificultando a detecção tradicional.
- Vulnerabilidades em fornecedores de segurança: Brechas em softwares de renome podem permitir acessos amplos a diversas organizações.
O relatório deixa claro que, embora as empresas tenham avançado na identificação de vulnerabilidades, muitas ainda “pecam” na priorização e correção, deixando brechas abertas para ataques cibernéticos.
A abordagem tradicional, fragmentada e manual já não é suficiente. A segurança digital precisa ser contínua, automatizada e integrada.
Sua empresa está preparada para o futuro da cibersegurança?